sexta-feira, junho 25, 2010

FOI AMOR?

Viver é aceitar-se em constante processo de mudança. Não há dia que passe em branco e que nada nos ensine. Não há momento ou passagem que não deixe como rastro uma lição para a vida toda. Não há encontro ou desencontro que seja nulo, que não nos faça parar, rever, refletir. Não há fase boa ou má que não nos faça mantê-la ou superá-la e conseqüentemente, numa vertente ou em outra, evoluir como pessoa. Acaso... Sorte... Destino... Azar... Tanto faz como se acredita ou a maneira como se verbaliza os fatos que acontecem com a gente. Tanto faz de onde chegam e a razão pela qual eles se dão... Seja noite ou dia, tarde ou madrugada, numa inocente fração de segundos, a vida faz acontecer.

Conheço gente que questiona. Conheço gente que reclama. Conheço gente que condena. Conheço também gente que agradece e vai... Sei, que é esse constante e acelerado vai e vem de pessoas, memórias e sentimentos em nossas vidas, o que constrói nossa personalidade, tatua nossa essência e forma nossos conceitos - que sim, é claro, amanhã cedo podem mudar novamente. Da infância a velhice, do nascimento ao último dia de vida... Entre erros e acertos, perdas e ganhos, experiências e sensações, mudamos... Os planos, sonhos, hábitos, horizontes, desejos... Você pode ser adepta da zona conforto, geniosa ou inflexível... Vai mudar também. Ninguém morre igual. Mesmo quem não amadurece e quem não aprende... Mesmo quem insiste em permanecer uma vida inteira no mesmo erro, cedo ou tarde, muda.

Há algum tempo atrás, não me lembro em qual texto especificamente, afirmei ter amado duas mulheres na minha vida. É verdade, Deco? Sinceramente, eu não posso afirmar. Não estou aqui para menosprezar relações que se foram - tampouco para desmerecer quem as viveu comigo. Mas quando paro hoje e olho para o passado, diante da incompatibilidade das citadas relações com a minha atual idéia de amor, eu diria de boca cheia: Não... Eu não amei! Talvez o homem que eu era naquele tempo tenha amado profundamente. Talvez aquele André tenha conseguido amar entre tanto ciúme doentio, possessão e desconfiança. Talvez aquele André, que traía descaradamente sem o menor peso na consciência - tenha amado de verdade. Talvez aquele André imaturo e egocêntrico - como tantos outros que existem por aí - falava “EU TE AMO!” só por falar e amava mesmo. É... Aquele André pode mesmo ter amado! Assim, desse jeito babaca, egoísta e infantil, ele amou e foi amado de verdade.

Para o André de hoje, o Deco que aqui escreve... Amor é sinônimo perfeito de paz. E o que seu coração anda babando para sentir, tem tudo a ver com o que expressou com muita sabedoria alguém que já dividiu um texto com ele e que cabe perfeitamente aqui ser citada:

Trecho de EM PAZ escrito por Brena Braz (clique no nome para ler o texto na íntegra)

“Paz é uma sensação de dever cumprido. De uma obra entregue no prazo. De fiz meu melhor. Paz é o final de um espetáculo de teatro depois que as cortinas se fecham. Paz é um par de olhinhos te olhando com admiração e respeito. Paz é uma sensação para poucos, mas aqueles que a experimentam não trocam por nenhuma outra sensação do mundo que possa se acabar num piscar de olhos. Se eu pudesse dar uma fórmula mágica da paz em um texto, eu daria. Mas, por enquanto só posso descrever um pouco do que estou conhecendo. Que não é quente, não é frio e muito menos morno. É leve, é novo, é seguro. Paixão, como eu ia dizendo, tem muito mais a ver com medo do que com amor. O amor é leve. É maduro. É terra firme de se pisar. A sensação de paz é um sentimento tão nobre quanto o amor, só que mais apurado. A paz é sublime.”

Se cuidem.
Beijos,
Deco.

sexta-feira, junho 18, 2010

domingo, junho 13, 2010

POR UM DIA DO AMOR


Sobre o Dia dos Namorados: Eu nunca escondi de ninguém minha aversão por datas comerciais. Não curto mesmo essa coisa previsível que quase impõe um consumismo alucinante e verdadeiramente pobre, sem cara. Não consigo digerir essa mídia massiva e tendenciosa que vincula a compra de presentes ao encontro com a felicidade e o amor. É tradicional? Sim, vá lá... Mas acredito que a vida é um presente a ser celebrado diariamente, mesmo entre tanta correria, urgência e loucura de nossos cotidianos... Você tem um amor e não apenas um(a) acompanhante de fachada? Meus parabéns e feliz amor para você! Ao resto, amem a si e como diz o sábio Mário Quintana: “Cuidem do seu jardim...”. O amor, dia mais dia menos, atravessa teu caminho e prova logo que ele é realmente o que existe de melhor em nós.

Se cuidem...
Beijos,
Deco.