terça-feira, agosto 08, 2006

ABRIL DE 2005


sexta-feira, 29 de abril de 2005
Tempos de Vento
Nossos destinos se cruzaram em tempos distintos O tudo e o nada chegaram juntos por aqui Insanidade amorosa de um músculo pulsante Céu e terra, fogo e água, não se misturam Eu tentei, eu esperei e esperava mais O tempo agora é quem fala, quem sela, quem resolve por nós Entrego a ele meu calor, meu carinho, minha entrega, meu lamento Eram tantos planos, tantos sonhos e caminhos diferentes deste Mas existem coisas que não dependem da gente, sintonia é uma delas A natureza não quis que fosse agora Paciência, calma, paciência outra vez Escada do amor, sobe, desce, cai, volta a subir Eu tenho asas e meu coração também Não vou me jogar pelos ares Não vou me cobrir de lama Nada do que eu senti foi errado, falso, incauto Nada do que eu senti foi passageiro, abstrato, frio Não vou chorar por você Era amor com todas as letras e você não viu Não era sua vez, não era sua hora, mas era você Eu tentei, eu esperei e esperava mais She (Elvis Costello) Ela pode ser o rosto que não consigo esquecer Um traço de prazer ou arrependimento Pode ser o tesouro ou o preço que tenho que pagar Ela pode ser a canção que o verão canta Pode ser o arrepio que o outono traz Pode ser as centenas de coisas diferentes que acontecem em um dia Ela pode ser a bela ou a fera Pode ser a fome ou a ceia Pode se transformar todo dia em céu ou inferno Ela pode ser o espelho dos meus sonhos Um sorriso refletido em uma correnteza Ela pode não ser o que parece dentro de sua casca Ela que sempre parece feliz na multidão Cujos olhos podem ser tão reservados e tão orgulhosos Ninguém pode vê-los quando eles choram Ela pode ser o amor que não vai durar Pode vir a mim de sombras do passado Que eu lembro até o dia que morrer Ela pode ser a razão pela qual eu sobrevivo O porque de eu estar vivo A pessoa com quem me preocuparei nos anos difíceis Eu, levarei seu sorriso e suas lágrimas E fazer deles meus "souvenirs" Por que onde ela for, eu tenho que estar O sentido de minha vida é ela, ela, ela... Fiquem bem e se cuidem... Bom fim de semana! Beijos, Deco.
terça-feira, 26 de abril de 2005
Sozinho nesse caminho
O nosso caminho é a gente que faz... Nenhuma outra pessoa pode ser culpada pelo nosso sucesso ou fracasso em determinada fase da nossa vida. Porque somos nós, mesmo que seduzidos, os verdadeiros mentores dos nossos sonhos, planos e atitudes. Concordo que existem e existirão ao longo da vida pessoas especiais, as quais dedicaremos nossas vitórias, mas não podemos fabricar vilões para os nossos erros, a culpa é nossa e sempre vai ser. Na trilha do amor não é diferente... Sonhadores irremediáveis, vivemos sonhando com um futuro que ainda nem deu sinal de vida. Tudo mal começou e já nos vemos envolvidos por uma intensidade absurda, a paixão desconhece o tempo. Sentimos, suspiramos e viajamos pelo planeta amor... Fazemos planos e planos para o amanhã incertos do próprio hoje, pensamos em casamento, noite de núpcias nas ilhas gregas e filhos antes mesmo que o tempo nos dê qualquer prova de realização. Desse espaço, dessa brecha de expectativas, nasce a decepção. Ah! Decepções, desencontros, ilusões e amarguras, quem está livre de vivê-las? Ao meu ver, ninguém... E precisa ser assim? Para mim sim, porque tudo faz parte da vida, são riscos de quem ama de verdade. Então, mesmo que eu me decepcione mil vezes, continuarei me arriscando. Prefiro assim do que amar de um jeito racional, jogando, retendo e pensando cada passo. Abro ou não abro? Conto ou não conto? Faço ou não faço? Ligo ou não ligo? Abro, conto, faço e ligo. Sou transparente, aberto, enfático e isso me consome nesse instante... Vivo uma mistura de certeza e dúvida, de calor e frio, de nuvem e chão. Não estou gostando disso. Estou com sede de doçura, romance, paixão e cumplicidade. Estou com sede de colo, carinho e contemplação. Estou sedento por tesão, química e beijos intermináveis... Vivo uma espera carinhosa e paciente de coisas que sempre surgiram natural e rapidamente na minha vida. Do lado de lá ela não se move, não se abre, não se rasga para mim. Permite que os dias passem em vão, como se o tempo fosse capaz de me aquecer e suprir meus anseios. Ele não é! Tento entender questionando... Tudo que eu queria era um sinal, um aviso, uma estrela cadente, uma mera certeza de que um mundo parecido existe dentro dela também. Apesar da minha cabeça já ter fabricado mil e uma versões do que se passa, não cheguei a uma conclusão. Sigo na espera... Querendo acreditar que essa sede que antecede os próximos momentos pode ser saciada de um jeito especial e avassalador. Confesso que nunca desejei tantas coisas com tamanha volúpia. Talvez o que ela tenha criado é uma forma de ser única e diferente de todas as outras. Uma maneira diferente de se tornar especial e que assim seja enquanto o tempo permitir... Que assim seja, enquanto a linha que separa encanto de amor próprio, permanecer intacta. Não tenho medo do amor. Deixo vocês na sensualidade de Nobody does it better - Radiohead Beijos, Deco. Nobody does it better Makes me feel sad for the rest Nobody does it half as good as you Baby, you're the best Ninguém faz isso melhor Me faz até ter pena dos outros Ninguém faz nem metade tão bem quanto você Baby, você é a melhor I wasn't looking but somehow you found me It tried to hide from your love light But like Heaven above me The spy who loved me Is keeping all my secrets safe tonight Eu não procurava, mas você de algum jeito me achou Eu tentei me esconder da luz do seu amor Mas como o Céu sobre mim O espião que me amava Mantém os meus segredos seguros esta noite And nobody does it better Though sometimes I wish someone could Nobody does it quite the way you do Why'd you have to be so good? E ninguém faz melhor Apesar de eu às vezes querer que alguém fizesse Ninguém faz tão bem quanto você faz Porque você tem que ser tão boa? The way that you hold me Whenever you hold me There's some kind of magic inside you That keeps me from running But just keep it coming How'd you learn to do the things you do? Do jeito que você me abraça Sempre que você me abraça Há uma espécie de magia em você Que me impede de deixá-la Mas eu continuo a me perguntar: Como você aprendeu a fazer o que você faz? And nobody does it better Makes me feel sad for the rest Nobody does it half as good as you Baby, baby, darlin', you're the best
terça-feira, 19 de abril de 2005
A vida é um pacote incompleto
Sim, seria perfeito se tudo aquilo que precisamos para viver estivesse contido em pacotes completos. Uma família que nos compreendesse e nos apoiasse incondicionalmente em todas as nossas decisões, opções e anseios. Um emprego maravilhoso, na profissão que a gente gosta, com um super salário e um chefe que nos valorize da forma que merecemos. Uma legião de amigos e amigas super fiéis que não precisassem de nada além da nossa essência para estar por perto a qualquer hora do dia ou da noite. E por fim, é claro, um amor com "A" maiúsculo, que consiga nos trazer segurança, leveza, intensidade, reciprocidade, cumplicidade, calor e verdade num único pacote. Sim eu concordo, seria perfeito, mas a vida não é feita de pacotes completos, daí a necessidade de equilíbrio. Para absorvermos o que nos falta com serenidade, paciência e compreensão. A vida moderna tornou tudo prático demais, concordam? A evolução dos meios de interação aliada a pressão de um sucesso cotidiano nos viciou no que é fácil, simples e objetivo. Perder tempo? Com o quê? Para quê? Melhor ir de carona nessa onda descartável a ter que esperar um pouco por um momento mais belo e especial, não é mesmo? Nos acostumamos e mal acostumamos, a obter nossas vontades com uma velocidade consumista, compulsiva, efêmera e sem o menor brilho. Nos opomos diretamente a tudo que se mostre um pouco mais difícil, a tudo que tenha que ser construído e maturado para depois se realizar. Para onde foi o prazer da conquista? Por onde anda a contemplação? Não, não queremos esperar por nada nem por ninguém, queremos agora, já e pra ontem. Quanta urgência emocional, para que tanta pressa? Nossa felicidade segue em segundo plano com pose de primeiro, na espera de que um dia desça de pára-quedas o pacote completo da nossa vida. Esse pára-quedas não vem, mas se encarrega de enviar um recado, a depressão. Ela sim cai de pára-quedas na nossa vida e continuará caindo enquanto aceitarmos e imprimirmos um ritmo frenético e desvairado, permitindo que a essência e a beleza de cada momento sejam esquecidas. Precisamos entender, aceitar e admirar aqueles momentos que nos exigem paciência, calma e compreensão. Se hoje somos super carentes de coisas aparentemente tão simples, é porque as coisas simples nem sempre são práticas... O encanto, o olhar sincero, o abraço e o carinho clamam por sensibilidade, não por prática. Andei sumido daqui, alternando momentos de excesso e falta de inspiração... Descobri que nem tudo pode ser externado, entendem? Nesses últimos dias passaram muitas coisas pela minha cabeça. Coisas minhas, sensações, suspiros, descobertas. Estou vivendo e aprendendo com um sentimento novo, que tem ocupado boa parte do meu coração... Posso dizer que estou feliz, como há muito não ficava, mas ainda me sinto aprendiz do amor e da vida. Ainda busco uma relação tranqüila com esse sentimento que tanto me domina. Aos 27 anos, sonho, projeto e crio expectativas como um menino apaixonado e quando as vozes da experiência me pedem calma, penso. Calma? Calma de que? Calma de amor? Não, mil vezes não. Meu coração nasceu voador e é assim que ele vai seguir até o porto seguro, até o amor da minha vida. Fiquem com Deus... Beijos, Deco.
segunda-feira, 11 de abril de 2005
Poucas palavras...
Começar por onde? Dizer o quê? Existem momentos na nossa vida que dispensam conceitos, verbos e adjetivos. Existem momentos que precisam apenas ser vividos com intensidade, amor e contemplação. Estou feliz, em paz e de bem com vida. Isso é o bastante para mim e para todas as pessoas que querem meu bem. Se cuidem... Beijos, Deco.

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