terça-feira, agosto 08, 2006

DOCE PAPEL

Doce Papel, que em branco recebe meus traços sem queixas... Aqui estou depois de um tempinho afastado. Sabes bem que já falei de quase tudo em suas páginas; De amor, de paixão, de tempo e de perdão. Mas hoje será diferente, vou falar da minha relação com você, afinal, estamos juntos há um bom tempo não é mesmo? Papel, Papel, Papel... Cúmplice de todas as crônicas. Palco de grandes escritores e amigo de todas as horas. O que seria do mundo sem você? Já parou para observar tua importância no cotidiano das pessoas? É você quem recebe tudo em primeira mão, tudo que é escrito em qualquer parte do planeta chega em você antes de qualquer outro. És um privilegiado, companheiro. Em ti, desabrocharam letras de grandes sucessos musicais e extratos da alma de gigantes da poesia, tua pele serviu de estampa para as mais diversas notícias já publicadas na humanidade. E aí vai... Escreve, erra, desmancha, corrige, volta a escrever, aceitas tudo imóvel. Tens o branco da paz, és parte essencial do processo de escrita mundial, mas não tens vida, não tens reciprocidade, não tens família e nem sentimentos. E talvez por tudo isso, passe despercebido pelas pessoas, que certamente nunca pararam para pensar em você e observar sua magnitude. Imagino tua solidão irmão... Por isso imprimo tudo que escrevo em você, para te levar comigo e te dar um pouco de reciprocidade; Volta e meia, pego você de novo, seja em cartas do passado ou em textos que um dia fiz; Te encontro meio empoeirado, velho e amarelado, mas você está lá sempre, tornando cada registro, cada capítulo da minha vida, definitivo. Muito obrigado!

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