terça-feira, agosto 08, 2006

JULHO DE 2005


domingo, 24 de julho de 2005
Atchim!
Às vezes eu erro. Às vezes eu perco. Às vezes me decepciono... Isso já aconteceu tantas vezes, vocês nem imaginam. Tem momentos que tenho vontade de pausar tudo ao meu redor - inclusive o relógio, o celular e o laptop - para pensar única e exclusivamente na minha vida e em mim mesmo, existe algo mais importante? Engana-se muito quem pensa que sou mestre dos magos, super-herói ou que tenho habilidade sobre humana para administrar as coisas do coração. Não confundam minha facilidade para falar dos sentimentos com um dote extra-terreno que me livra do sofrer, do enganar-se, do chorar por amor, stress, solidão ou por qualquer outro motivo. Acordem pessoas! Não sou forte como vocês imaginam... Por vezes e vezes, me engasgo horrores com meus próprios sentidos, com essa forma tão intensa de absorver as questões da vida e principalmente, do coração. Dizem que isso é coisa de canceriano, será mesmo? Aqui dentro algo me diz que isso vai muito além do zodíaco... Aqui dentro não penso, dispenso o racional, sou pulsante, vivo, louco e aflito como o próprio coração. Sim, eu demorei a escrever sobre o dia 18, na verdade, eu demorei a publicar. Já estava escrito aqui dentro e veio como um tiro enquanto caminhava pela orla da lagoa. Esse aniversário foi diferente dos outros, não estava feliz, não estava bem. Acho que tenho esse direito, concordam? Então me digam por que as pessoas não enxergam isso... Fico impressionado com a capacidade que as pessoas têm de enxergar sempre a nossa casca capitalista, o lado material, nunca o que sentimos, nunca, o nosso coração. Todos pensam que a casa é perfeita, que a empresa é perfeita, que a minha vida é perfeita... Eles são loucos e não sabem de nada, eles não sensibilizam o mínimo, o essencial, o simples da vida (que é o melhor). Nenhum deles sabe dos meus problemas, das minhas carências, tampouco do peso que carrego na mochila. O 18 de julho caiu em plena segunda feira e deveria ser um dia cheio festa e gente, mas não foi... Isso rolou no dia 17 e a galera compareceu em peso, não posso reclamar de prestígio, a festa foi muito bacana - Então vocês devem estar se perguntando qual é o problema, quais são as deixas do meu atchim, né? Sinceramente? De peito aberto e dilacerado? Eu me sinto o cara mais sozinho do mundo, mas não é sozinho de gente não, entendem? Gente vazia querendo vir de carona na minha onda é o que mais tem e estou correndo horrores disso... Estou sozinho porque sou diferente demais das outras pessoas, me sinto assim... Não consigo achar afinidade nem sintonia no básico dos básicos, no que entendo como o mais belo das relações... A transparência, o gostar de graça, só porque faz bem! Acho que nasci no tempo errado ou com a essência errada, já tiveram essa sensação? Eu penso A, eles pensam Z. Eu quero amor, elas querem ficar... Ai, ai, ai! Passei o dia oficial dos 28 anos com Boris e Minie... Sabem de uma coisa? Meus amigos peludos me compreendem mais do que os humanos... São parceiros perfeitos e não se ligam tanto na matéria, no interesse, nem no que eu posso oferecer além de carinho, companheirismo e amizade. Estão do meu lado e compram minha briga a qualquer hora independente de champagne, festinha ou carro de luxo - É amor natural, puro, incondicional e do alto dos meus 28 decidi que é esse e não outro amor qualquer que vai ocupar esse peito aqui. Cansei de gente chata, cricri e sem conteúdo algum... Troco 1.000 por um, uma multidão por media dúzia de três, mas não quero d.e.f.i.n.i.t.i.v.a.m.e.n.t.e energia podre perto de mim. Urucubaca, inveja e fofoca são coisas de pessoas derrotadas, desocupadas, infelizes e principalmente, mal amadas... Elas que se juntem pra lá e parem de insistir em minar meu caminho, atrapalhar minha vida e as minhas relações. Sou osso duro de roer, quem quiser me ver no chão pode comprar uma cama, se esperar sentado vai cansar... Agora chega de desabafo. Viva nosso patuá e nossos anjos da guarda, dizem lá em cima que quem é do bem tem mais de um - Abracemos os nossos! Ah! Já ia me esquecendo... Notícias de Lagoa Santa: Aqui é mesmo muito diferente de Belo Horizonte, estou sofrendo um pouco pra me adaptar... Normal, mudança é assim mesmo, demanda tempo, disposição e muita paciência. Como já comentei outras vezes, aqui tem muitas coisas boas - Cheirinho de natureza, simplicidade espalhada por todos os lados, trânsito zero, violência menos um e muito, mas muito ar puro! Ainda sim, mesmo com tantas coisas positivas me rodeando, sinto saudades enormes do meu mundo em BH. São as ruínas do meu processo de desconstrução que ainda me dão uns cutucões - Saudades do apartamento, do japonês, do cinema, do teatro e dos showzinhos. Saudades dos amigos, dos affairs e de gente andando pra lá e pra cá... Movimento, agitação, coisas de cidade grande... A vida é louca e nós, eternos insatisfeitos, concluo... Quando estamos no stress sinistro, queremos qualidade de vida - Quando encontramos qualidade de vida, queremos o stress... Vai entender!!! Vou ficando por aqui, minha sinusite chegou ultra-sinistra, preciso tomar remédio e dormir um pouco. Desculpem o texto gigante e fiquem na paz! Beijos no coração... Deco.
terça-feira, 12 de julho de 2005
Metralhadora de Lama
Semanas um tanto sinistras estamparam as capas da maioria dos jornais do nosso país... Ta dominado, tá tudo dominado! Bilhão de um lado, milhares de dólares de outro e nada menos que 10 milhões de reais nas asas do Learjet da Igreja Universal do Reino de Deus. Nessas horas, descobrimos o fim que levam os impostos que pagamos na raça e no suor. Que ganância mais desmedida meu Deus! Somos brasileiros, não desistimos nunca, mas a gente se cansa e como cansa! Cansa da roubalheira, da corrupção e da falta do mínimo de bom senso e limpeza dos engravatados de Brasília... Cansa, enjoa, passa mal por saber que no fim tudo acabará como sempre, na mais perfeita impunidade. A cada um de nós, verdadeiros lutadores dessa nação, cabem muitas questões... Entre elas, valorizar o País que a gente vive... Sim, isso mesmo. Esse Brasil é forte demais, percebem? Mesmo com tantos problemas e desigualdades, seguimos firmes, cada um no seu leme, na luta diária por uma vaga na sombra e dias melhores. Concordo que não está fácil, que a maré não está mansa, mas precisamos acreditar! Não em Brasília, não nos políticos, mas na gente mesmo. Na nossa capacidade de produzir, fazer o bem, a paz e acima de tudo vencer o mal da humanidade... Problemas? Outros países mais evoluídos têm piores do que os nossos... No Brasil da corrupção organizada nenhum inocente morre com homem-bomba, nem com atentado suicida ou terremoto... Furacão, nem de longe... Acredito que Deus é brasileiro mesmo! Que nos cerca de uma luz especial, que nos mantêm de pé faça chuva ou faça sol, toque flores ou terror no jornal nacional. Não estou aqui para pregar conformismo algum, pinto minha cara novamente e vou às ruas pedir a cabeça do Lula ou de quem quer que seja. Apenas vejo que a verdadeira solução anda muito, mas muito distante da nossa realidade... E já que é assim, que não nos deixemos dominar pela mídia sensacionalista nem pela pouca vergonha da menor parte desta nação. Que não percamos tempo, o humor, nem a vontade de ser alguém. Que fiquemos perplexos sim, envergonhados e indignados, há como não ficar? Mas que cuidemos das nossas vidas, dos nossos problemas e dos nossos sonhos, coisas que político nenhum resolverá por nós. Viva o Brasil, terra de gente boa, bonita, alegre e lutadora. Viva o Brasil, canto de natureza, oxigênio e paz. Viva o Brasil, o chão, o teto, o mundo de todos nós. Fiquem bem... Beijos, Deco.
quinta-feira, 7 de julho de 2005
Diferentes, livres e então felizes
Somos todos como os beijos, acredito... Podemos ser parecidos, termos gostos semelhantes ou quimicamente afinados, mas nunca seremos iguais. Persistimos, ano a ano, diferentes, mutantes, singulares e únicos. E que bom que é assim, não? Já imaginaram o que seria de nós se fossemos todos iguais? Vivemos um momento de modismo exagerado e as modas, como percebemos com o passar do tempo são volúveis, vão e voltam quando e como querem... Enquanto elas afligem apenas nossos bolsos com esse vai e vem, tudo bem, o problema é permitimos que nossa essência siga tendências, momentos e impulsos de mercado. Estar na moda está na moda, concordam? Parece que bacana é ser igual ao que rotulam como certo, bonito, aparente... Bacana é ser igual, clone, xerox do outro, não da gente mesmo. Penso que anda faltando mais personalidade as pessoas e mais coragem para assumirem seus modos de vida, opções e principalmente, de serem o que realmente são independente do social. Claro que existem pressões por todos os lados, preconceitos contra tudo e convenções pré-estabelecidas... Qualquer sociedade precisa mesmo de regras e padrões para existir, mas penso que acima e antes das regras e padrões, está nossa liberdade... Precisamos ser livres antes, extensiva e interminavelmente, é pré-condição! Livres de corpo e coração para amar do nosso jeito, usar o que a gente gosta e tatuar dragão na testa se assim a gente quiser... Livres para gostar de todo e qualquer tipo de música, comida e vício se isso nos satisfaz... Livres para voar, andar, correr ou parar e para gostar de adrenalina ou calmaria como nos convier... Livres para nos misturarmos, nos conhecermos, nos respeitarmos e e enfim nos assumirmos diferentes, não culpados de nada. Precisamos ser livres e fortes para externar nossa essência sem receios, recuos e temores... Livres, completamente livres para sermos originais, simples assim como a gente é... A felicidade é um desejo coletivo com inúmeras vertentes e daqui desse cantinho, descobrindo um novo mundo a cada dia, penso que todas elas surgem a partir da liberdade. Liberdade que mora dentro da gente, que não se exibe em outdoor nem na TV, que está aí de graça para quem quiser exercer. Fiquem na paz e sejam sempre vocês mesmos... Beijos, Deco.

Por Deco 00:14:19 Diz aí o que você pensa (4).

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