terça-feira, agosto 08, 2006

AMOR COM LIMITES

O post de hoje era sobre nossa sociedade, tão suja, tão podre e tão consumista. Mas meu lado crítico social acordou de mau humor, não consegui terminar a crônica que comecei ontem ? A colheita do Capitalismo - Então resolvi falar de algo mais belo, mais doce e mais digno de uma sexta feira véspera de feriado... Vou rabiscar sobre o sentimento mais forte que um ser humano pode sentir, o Amor.
Logo no começo do filme Proposta Indecente, a Demi Moore faz uma citação muito interessante sobre o amor: ?Dizem que quando amamos muito alguém, devemos deixar essa pessoa livre... Se algum dia ela for embora para sempre é porque nunca nos amou ? Se ela voltar é porque sempre nos amar?. Acho que essa leveza é essa a base de qualquer relação sadia, mas não vejo isso acontecer por aí... As pessoas estão fazendo do amor um certificado de propriedade do tipo - eu te amo e a partir de agora você é minha - Como se fossemos um carro, um objeto ou outro tanto material qualquer. O amor está perdendo o encanto, queridos, estamos ilhados num liberalismo afetivo que nós mesmos criamos. Todo mundo quer namorar e viver um amor verdadeiro, mas ninguém acredita em ninguém... Estamos sempre com um pé atrás, sempre duvidando, sempre achando que a fidelidade é impossível. E essa insegurança, essa preocupação em ?segurar? a qualquer custo a pessoa que amamos, sufoca, impõe, agride e incomoda demais, não? Conheço gente que é doente de ciúme, que não permite amigos, que mexe no celular para ver as mensagens e ligações, que vive como um perfeito detetive afetivo, sempre na espreita tentando controlar a vida do parceiro. Acreditem! O amor não é uma prisão... Ninguém é de ninguém, temos liberdade de escolha e somos donos, não prisioneiros de nossas opções. Acho cada vez mais, que nasci para viver em outro tempo... Quando o amor tinha uma fome de bondade, de compaixão pelo outro, de proteção à pessoa amada. Quando falo de amor, penso em amizade, em cumplicidade, companheirismo e em transar com carinho. Quando falo de amor, penso no cuidado mútuo, no bom dia, nos carinhos e no quanto é bom dormir abraçadinho. Quando falo em amor, me refiro a um sentimento pleno, sem cobranças, pressões e desconfianças. Quando penso em amor, me sinto bem utópico, porque amar exige coragem e hoje somos todos covardes. Bom feriadão e se cuidem... Beijos Deco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário