terça-feira, agosto 08, 2006

O OUTRO LADO DO AMOR

Desde o primeiro beijo, lá nos tempos de colégio, acreditamos que o Amor sempre vai chegar de carona com uma paixão tórrida, daquelas que nos inquietam e que, ora ou outra, nos deixam babando pelos ares. Paixão, que entra quente pelo peito nos consumindo num desejo quase inacabável - Química perfeita, saudade 24 horas e telefonemas melosos pela madrugada afora... Isso é uma delícia, mas isso vicia muito, não? Com o passar do tempo, seguindo uma certa evolução natural da relação, essa paixão se torna mais branda e dá lugar a sentimentos mais calmos e menos volúveis. Nessa hora, muitos de nós sente que a relação perdeu a graça, que não há mais sentido em estar junto. Queremos apaixonar de novo e viver uma espécie de escala afetiva, não é mesmo? Acreditamos que o caminho do Amor é dividido em partes - Apaixonar > Gostar > Amar - Isso é utopia. Nem conceitos, nem formatos, nem equações, o amor não precisa de nada disso. É por isso que eu amo tanto a maturidade. Na medida em que amadurecemos, descobrimos que melhor do que se apaixonar loucamente, é ter sentimentos mais leves, que tem química boa, colo, carinho, respeito e tudo mais que uma relação precisa ter, mas que não inquietam tanto e principalmente, que não se vão diante da primeira crise. Se a paixão é boa demais, ela que fique por lá - Prefiro mesmo essa parada mais light, que me envolve de um jeito saudável, que me deixa no chão, calmo e sem qualquer compulsão. É por aí, por esta estrada que meu amor vai chegar...

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