terça-feira, agosto 08, 2006

SETEMBRO DE 2005

quinta-feira, 29 de setembro de 2005


ME, MYSELF AND I


Quando pensava que já tinha escutado de tudo nessa vida, surge a nova expressão dos moderninhos de plantão... "Fechei pra balanço, estou num momento me, myself and i". Poupem-me, pelo amor de deus, depois eu é que sou doido (aliás, a cada dia que passa acho minha loucura mais normal). Quer dizer então que vocês se blindaram? Trancaram a porta? Fecharam o coração? Ah gente, que modinha ridícula, eu preciso rir muito, mas na verdade, isso é digno de dó... Porque as pessoas insistem na utopia? Porque você insiste nesse individualismo suicida? Nesse pacote - sou solteira, independente e realizada? Mentira sua. Tira essa máscara da cara, você não é diferente dos outros, entendeu? Esse sorriso que você comprou na loja de R$1,99 não convence ninguém não. Ou você pensa que convence? Você pode enganar suas amigas, seus amigos, sua família, você mesma, mas eu não... Já passei muita coisa nessa vida, amorzinho... Conheço bem esse vazio que te abraça toda noite desfazendo em milésimos de segundos o êxtase da melhor balada. Balada é pra dançar, pra se jogar, pra aliviar, pra passar da conta, pra jogar os males para fora. Balada não é vida, não é cotidiano como você pensa. E você pula, joga o cabelo, se entope de maquiagem pra arrasar, mas no final, você é a mais arrasada de todas. Porque me liga de madrugada? Sente saudade das nossas noites simples e perfeitas? A balada não te dá colo, não te dá Boa Noite, não te dá carinho não é mesmo? Então acorda Alice, o país das maravilhas é historinha infantil, é mentirinha não te contaram? Aqui fora a gente precisa de um tempo pra gente, é verdade, acho isso oportuno e essencial para sarar o coração, para se conhecer melhor, para recomeçar limpo uma nova história. Mas o nosso tempo não nos fecha para o outro, não existe isso... Amor não é manicure, não tem hora marcada para acontecer, simplesmente acontece. E você que se cuide de estar pronto para tirar os pés do chão... e voar. Controle sua empresa, sua televisão, seu colesterol, seu aparelho de som... Mas seu coração não, caramba. Não dá, não tem jeito, concorda? Quantas vezes você prometeu? Quantas vezes eu prometi? E a gente promete o mesmo discurso toda vez que se machuca, que ama a pessoa errada, que sofre como cachorro, que se ferra no amor. Mas não tem jeito (e não tem mesmo, garanto). O coração tem vontade própria e um vício eterno pulsando, o amor. Ele quer sentir intensamente e não dá a mínima para o seu racional, no final pode não dar certo, pode não ser, faz parte (mas pode ser também). É o risco, a relação 50/50, o preço que ele aceita pagar e ele não está errado... Concordo que nossa razão é essencial para muita coisa (para o aprendizado, para nos formarmos, para sermos bons profissionais, para termos os pés no chão da vida), mas para o amor ela não vale nada. O amor engole a razão. Então, parem com isso! Estampem suas essências, por favor, esse discursinho anti-amor é a maior deprê... Lava esse rosto, se olha no espelho e aceita a sua, a minha, a verdade do mundo. Queremos amar pro resto da vida! Se cuidem... Beijos, Deco.


Por Deco 14:14:34Trilharam essas palavras (6)


sexta-feira, 23 de setembro de 2005


AmoR


Amor que é amor de verdade começa dentro da gente, é amor próprio, natural, protetor... Amor que nos impede de amar o outro mais do que a nós mesmos. Essa é a pré-condição da existência amorosa, amar-se muito, incondicionalmente, antes de amar o outro. Amor é família, é amizade, é profissão, é a mulher que amanhã vai envelhecer junto comigo. Amor é Bom Dia! Boa Tarde! Boa Noite! Assim mesmo, empolgado, com os olhos brilhando... Amor é café da manhã a dois, é um oi inesquecível no meio da tarde, é o gesto mais simples ser especial, inexplicavelmente. Amor é poesia. Amor é vida, é cheiro, é pele, é sabor. Amor é silêncio consentido, é blábláblá divertido e gargalhadas intermináveis. Amor é carinho, é colo, é cafuné, é admiração. Amor também é estrada, é estrela cadente, é sonhar acordado, de repente. Amor é fantasia. Amor é chão, é caminhão de carinho, é nunca se sentir sozinho, acompanhado. Amor é oxigênio. Amor é cumplicidade, companheirismo e fidelidade. Amor é calor, é respeito, é aconchego. Amor é saudade, é beijo, é abraço, mas amor também é dor... Dor que o tempo cura, dor que adormece - dor que nem sempre se esquece. Amor que é amor começa com flor e às vezes, acaba com espinho, algumas vezes, em outras se acabam os espinhos, o amor continua. Ficar é para todos. Beijar é para todos. Enrolar é para todos. Transar é para todos. Apaixonar é para todos. Flertar é para todos. Paquerar é para todos. Amar não. Amar é para poucos... O amor é exigente. Quer mais compromisso, mais desprendimento, mais atenção. Quer mais liberdade, mais respeito e consideração. Quer mais amanhã e depois e depois e depois e depois... O amor é de quem tem fé, é pra quem perdoa, pra quem é simples e bem resolvido consigo mesmo. O amor é de quem divide o bem, a dor, o travesseiro, o último pedaço de chocolate... E de quem sabe conciliar paciência com romance e juras eternas embaixo do edredom num dia de chuva. O amor é de quem cria, de quem espera, de quem faz acontecer. Amor é olho no olho, boca na boca, corpo no corpo... É transparência. É pé na frente, não atrás. Amar... Amar sempre! Amar mais... As coisas, as pessoas, a natureza. Nesse mundo modista, esta é a moda que eu inventei para mim. Um fim de semana cheio de amor e poesia... Beijos, Deco.


Por Deco 10:31:54Trilharam essas palavras (9)


sexta-feira, 16 de setembro de 2005


Na primeira noite NÃO !!!


Tudo bem. Eu sei. É claro que eu sei. O mundo é moderno, descolado e liberal - Acho nojentos esses adjetivos, mas eu sei - Ninguém espera por nada. Ninguém espera por alguém. Vamos hoje, agora, depois dessa dose. Vamos na onda, no embalo, na modinha da galera. Amanhã? Que amanhã? Amanhã é outro dia. Vida prática, beijo prático, sexo prático (foi bom pra você, prático?). Estou mentindo? Não. Eu não estou mentindo. E nem quero pagar de santinho porque definitivamente eu não sou. Apenas acho uma atrocidade a periquita voar na primeira noite. O que sobra para depois? Um orgasmo solitário? É isso que vocês querem? Acordem!!! Não soltem as periquitas tão fácil... Ok. Eu entendo. A química era perfeita, o tesão era descomunal e vocês estavam literalmente ensopados... Eu entendo demais. Mas custa esperar um pouquinho? Custa criar encanto, valorizar-se e deixar o imaginário trabalhar também? Custa tornar o momento melhor, mais desejado, mais especial? Não, não custa. A não ser que você esteja no mega-maxi-atraso-plus. Fora isso, não custa. Essa urgência não te garante em parada alguma. Faça-nos esperar... Garanto! A gente gosta. Sem "pudiquismo" algum. Valorizem mais o sexo, o encontro, o desejo, a intimidade. Valorizem mais seu corpo, seus sentidos... Prolongue-os... Você não perderá ninguém por isso. Muito pelo contrário, isso faz toda diferença num mundinho tão descartável como o de hoje. Ao menos para mim. É com você, Veríssimo. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: ´Que que cê acha amor?´. É não ter companhia garantida para viajar. É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho... É não ter alguém para ouvir seus dengos... Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar Experimente ser amado... (Trecho extraído da crônica "Dar ou Não Dar" escrita por Luiz Fernando Veríssimo)


Por Deco 12:49:10Trilharam essas palavras (7)


quarta-feira, 14 de setembro de 2005


Doce Destino


Dizem que nada nessa vida acontece por acaso... Destinos, encontros, desencontros. Já questionei muito disso, duvidei tantas e tantas vezes... Mas hoje, especialmente, eu concordo. Nada nessa vida acontece por acaso. Você chegou quando eu menos esperava e devorou minhas interrogações sem pedir licença. Gosto do jeito que você me olha. Gosto do seu cheiro e dos nossos beijos intermináveis. Gosto das nossas palavras e das nossas gargalhadas. Gosto do nosso silêncio (e dos nossos suspiros). Eu já te disse o quanto isso me faz bem? Eu já te disse o quanto você me faz bem? Então me escute. Olhe nos meus olhos e escute. Você faz e faz como ninguém. Eu também ando meio desconcentrado nos últimos dias... Estou meio nas nuvens, meio no céu, meio na lua. E inteiro com você. Obrigado por colorir minhas tardes com suas mensagens criativas, sedutoras e divertidas. Obrigado por se entregar e por acreditar que o amor é mesmo assim... Doido, doce, quente, inexplicável. Obrigado, linda, por aceitar meu jeito intenso e louco de amar sem medo. Eu realmente não penso meus passos, eu sinto, eu vou. E prefiro assim. Ontem, 1403. Hoje, 1403. Amanhã, 1403. Ontem, eu. Hoje, você. Amanhã, nós dois. Eu apostei certo. Você apostou certo. Apostamos um no outro. O amor é lindo. O amor é nosso. Beijos, Deco.


Por Deco 12:17:22Trilharam essas palavras (10)


segunda-feira, 12 de setembro de 2005


Canudo na Poeira


O que te movimenta? Qual é a engrenagem da sua vida? O que você quer? O que você almeja? Qual é a sua paixão? Aonde você quer chegar? Enfim, quem é você? O que é você? Já pararam para pensar sobre isso? Não! Não me traga respostas prontas... Não estou falando em sobrevida, rotina ou cotidiano. Não estou falando de "Eu tenho que...", nem de "Eu preciso de...". Vamos, me diga. Porque você cursou medicina se seu sonho era ser astronauta? Porque você se tornou biólogo se sua paixão é a arquitetura? De novo, não. A pergunta é simples, objetiva. Não me responda o que o seu pai quis ou o que você achou que pagava mais, eu não quero saber. Conte-me de dentro pra fora, do coração para a boca. Você, aí. Qual é a batida do seu coração? O que te faz tremer? O que te faz sentir orgulho de você mesmo? Parece simples responder, fácil dizer, mas não é. Alguém se arrisca? Na semana que passou, fui à colação de grau da minha irmã, que se formou em Relações Públicas (Parabéns, Binha!). Apesar dos deslumbres festivos, era nítido em cada rosto emocionado a mesma pergunta - E agora, o que eu faço com o meu canudo? Pressão dos pais, mundo globalizado, mercado competitivo, desemprego. Na verdade a vida de um recém formado neste país não é nada simples. Mas acho que se torna pior e mais difícil ainda quando ele opta por uma profissão que não tem nada a ver com seus sonhos - o sonho do jovem é extremamente mutante - Muito antes do dom natural, das teorias, do aprendizado e do credenciamento, vem à paixão. Amar incondicionalmente nossa opção é ingrediente fundamental para o sucesso. Não adianta fazer faculdade, mestrado e mba, se você está na contra mão de você mesmo. Normal, erramos uma, duas e tantas outras vezes. Mas quando o preço é o tempo, nem sempre é possível voltar. Acho que é preciso mais paciência e menos cobranças por parte dos pais... A grande maioria dos jovens de 18 anos, ainda não tem um sentimento formado sobre o que deseja ser no futuro. Calma, entendo que existem muitas preocupações e vaidades... O orgulho de ver o filho estudando, a necessidade, o medo da ociosidade. Por outro lado, analisando de uma forma mais fria, não adianta forçar a barra... Não adianta investir cerca de R$ 50.000,00 para depois de formado você ouvir do seu filho que não era isso que ele desejava ser - ou - que está infeliz e perdido, porque as coisas não são como ele pensava. O mundo aqui fora é frio e calculista, não aceita o mais ou menos - Ou você é ou você não é - Essa é a lei da selva e isso nenhuma faculdade ensina. A verdade, que bem conhecemos, é que da teoria para prática existe uma longa e complexa distância. Um diploma é importante, bacana e tudo mais, mas sem a paixão ele é apenas um pedaço de papel. Escutem seus corações sempre. É nele que mora o melhor de nós. Fiquem na paz. Beijos, Deco.


Por Deco 09:04:18Trilharam essas palavras (9)


quinta-feira, 8 de setembro de 2005


No Ar! A Trilha continua...


Nada como o tempo para nos trazer de volta para casa. Estou de volta com o coração aberto, cara limpa e casa nova. A pausa valeu e como valeu. Existem momentos em que precisamos fechar para balanço... Fazer a limpa, a geral, a faxina interior. É bom parar tudo um pouco, esquecer os problemas, as inquietudes, as aflições e simplesmente relaxar. Deixar a cabeça, o corpo e o coração livres para pensarem em si mesmos (ou em nada). Deixei esse lugar abrindo meus motivos, minhas razões, minha raiva e minha indignação com o planeta virtual. O nosso pacto é a transparência, certo? Então agora é hora de repetir a dose. Hora de dizer por que voltei e mais, porque jamais deixarei isso aqui novamente. - Eu, as Trilhas e nossos porquês: Voltei pelo calor, pela cumplicidade, pelo carinho e pela saudade de vocês. Acho isso bem especial. Voltei pela compulsão, pela sensação, pela terapia, pelo meu prazer de escrever. "Escrevo para soltar meus anjos, meus anseios, meus demônios. Escrevo para liberar o passado, para registrar o presente, para desenhar no futuro. Escrevo para me conhecer. É o melhor caminho, o mais curto, o mais real." Querem saber? Aqui é meu lugar mesmo, sinto-me inteiramente em casa. Nesse espaço o mal não vence o bem (e nunca vencerá). Não gosto de meias verdades, meias palavras, meias pessoas. Não gosto de falsidade, de mentiras, nem de coisas mornas. Dispenso a máscara, o disse que disse e o socialmente correto. Eu sou coração mesmo. Sempre. Não será diferente hoje, nem amanhã, nem depois. Esse meu lado não é mutante (prefiro mesmo que não seja). Eu sou assim, amo ser assim e vou morrer assim. Isso assusta? Isso incomoda? Isso é raro? Isso não é a dita da hora? Paciência. Quem não está pronto, está fora do jogo. Essa é a regra. Acho justo que funcione desta forma. Acredito em felicidade simples, gestos simples, coisas simples, pessoas simples. Sou sentimento puro, louco, inquieto, viajante... Sou canceriano e acho isso perfeito (obrigado Mãe por me trazer ao mundo dia 18 de julho). Sinto intensamente, sonho demais, interminavelmente, sonhar é doce, saudável e essencial para vida... A tattoo do coração alado não existe por acaso, meu coração é voador de verdade, aqui fora, na real, ao seu alcance... Gosto do cheiro das nuvens, da luz da lua, do amor, da paixão, da paquera, do romance e dos filmes água com açúcar. Admito, torço por todos os casais bonitinhos da TV e arrepio quando vejo uma cena de amor explícito no meio da tarde... (Isso acontece muito aqui - Casais deitados na grama da orla, dando abraços giratórios e beijos intermináveis). Agora, se isso tudo está fora de moda ou se tornou ridículo perante a maioria, eu sinto muito. Porque é disso que eu sou feito... Emoção, calor, amor e coração. Acordei com um sorriso fácil hoje. Isso é bom. A vida é mesmo maravilhosa e a gente tem mais é que vivê-la intensamente, do nosso jeito, com os nossos valores e com as nossas pessoas. Você apareceu por acaso e pintou meu telhado de rosa e branco... Gostei da cor nova e estou amando levar o seu cheiro (e nossos beijos) pro meu travesseiro... O amor alimenta a vida. Léo, valeu pelo remake na casa, você é um artista digital. Obrigado pelo apoio, pela compreensão e pelas mensagens tão especiais. Vocês são demais! Ninguém ficará órfão, nossa história continua... Beijos no coração, Deco.
Por Deco 16:00:40Trilharam essas palavras (14)

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